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sexta-feira, fevereiro 01, 2002

Intoxicação alimentar é uma bosta!!!!!!!
FESTA!!!

LADAINHA DE SÃO RÓCKQUE:

ó são RÓQUE, terra da malucada, só o teu nome já é uma maravilha!
ó Roque!!! nós te honraremos...
nós te adoraremos....
e vamos andar lado a lado até o fim da nossa vida...

presença dos discípulos que "falarão em línguas":

- Biggs (Garotas Nervosas. A Mosca Recomenda!!!)
- Automatic Pilot
- Violência Urbana

ôôôôôÔÔÔÔ Aleluia !
GLória !

vão todos em paz para a av. Marginal da cidade de são Roque, às 17:30hs
e recebam a graça pessoalmente, pois o RóQue vai estar lá para abençoa-los.

ah, se quiserem entregar os dízimos...aceitaremos o dinheiro com o nosso coração aberto, e cheio de amor - agradeceremos as ofertas gordas (aceitamos cheque pré)

ôôôôôÔÔÔÔ Aleluia !
GLória !

que a paz esteja com todos

amém !

Reverendo High man __
http://automaticpilot.cjb.net
ENTREVISTA
Humanidade precisa de nova Internacional, diz Chomsky
Cientista e livre-pensador norte-americano crê numa globalização que priorize o ser humano e não o capital. Além de analisar o impacto do ataque de 11 de setembro, ele critica o Alca e o militarismo. Veja todo o papo com o homem.

Uma análise interessante de um nerd. A internet pode se tornar um ambiente controlado (e por isso tão nocivo) como a televisão.
É o Wilbur Beats.

quinta-feira, janeiro 31, 2002

Maldito é o dito pelo não dito. Eu carreguei comigo por alguns anos (hoje me policio) um péssimo hábito: o de completar a frase do seu interlocutor quando o mesmo hesita. Estou pagando caro. Mais do que completarem minhas frases inacabadas, tem gente que resolveu adivinhar o que eu penso. A pessoa conversa comigo crente de que tenho uma certeza que não manifestei. Como isso é odiável. É surpreendente quando as pessoas acertam. Entretanto, quase que invariavelmente as pessoas erram.

quarta-feira, janeiro 30, 2002

A propósito, meu Deus, como você é ciumenta Emília Superpoderosa! Não deu nem tempo de eu colocar o que eu queria no blog!
Assim que achei o poema no Poiesis mandei pra ela a seguinte mensagem.

Oi Rafiza,
Legal seu blog, viu? Apesar de eu ainda não ter surfado muito nele. Como cheguei até o Poiesis? Bem, já tinha ouvido falar, mas nunca havia visitado. Hoje me deu na telha de procurar no www.google.com um poema do Drummond que ganhei na adolescência de uma super amiga minha, que felizmente hoje é minha companheira, minha mulher. Sabe onde achei o poema? Poizé, foi no teu blog. O barato é que foi o único link no qual encontrei este "O Sol Existe", mas não sei se é esse o nome. Minha cara prima Cátia me disse que é do livro Amar se Aprende Amando. Um abraço.

PS. O poema era esse aqui, ó:

Ainda que seja noite
O sol existe
Por cima de pau e pedra
Nuvens e tempestades
Cobras e lagartos
O sol existe
Ainda que tranquem o nosso quarto
E apaguem a luz
O sol existe

Vini Iguana - enviado em 30/01/02 14:05.

Democracia de Cú é Rola - Parte 6

A merda da Bolha de S. Paulo não tem como escapar do homem, já que ele é um dos participantes do Fórum Social Mundial. Esse homem foi um dos primeiros a chutar o pau da barraca monocromática da política estadounidense.
Deu na Bolha:
"Para Chomsky, EUA são os verdadeiros terroristas"

Haikaísmo Polêmico

Hakai é algo que na Primeiridade semiológica me diz "harmonia". Pois bem, minhas impressões acabam de ser transgredidas. A minha querida Catia Keiko me chamou atenção para uma controvérsia encontrada nos 10 Mandamentos do Haikai, publicados aqui em baixo. Ela me lembrou de um trecho do livro A Arte no Secúlo XXI: a Humanizaçao das Tecnologias - que é uma reunião de artigos muito sobre o tema.

Nesta obra, um autor japonês - cujo nome não me recordo, nem Catita, que já devolveu o livro -, ao falar da tradição haikaísta frisa que o haikai nasceu de um tipo de de associação de idéias poéticas. Um haikai seria sempre inspirado por outro, ao qual estaria prestando tributo. Ou seja, outra característica que atribui beleza à essa linguagem que nasceu quase como um jogo de palavras popular (e ainda é, né!).

Resumindo, isso contraria em parte o item VII dos 10 Mandamentos do Haikai, que diz que "O dono do Haikai é o próprio autor; por isso, deve-se evitar imitação de qualquer forma, procurando sempre a verdade do espírito haicaísta, que exige consciência e realidade."

Valeu Cátia!

Ainda que seja noite
O sol existe
Por cima de pau e pedra
Nuvens e tempestades
Cobras e lagartos
O sol existe
Ainda que tranquem o nosso quarto
E apaguem a luz
O sol existe


Carlos Drummond de Andrade in Amar Se Aprende Amando

:::.....Ralei um bom tempo pra achar esse poema. Estou procurando ele desde os meus 15 anos, pra se ter uma idéia (hoje tenho 29). Foi meu presente do dia. Aliás presente da Rafiza do Poiesis. Blog singelo e bacaninha.

terça-feira, janeiro 29, 2002

Tô puto. O remédio é Haikai...

OS DEZ MANDAMENTOS DO HAIKAI

Masuda Goga

I - O Haikai é poema conciso, formado de 17 sílabas, ou melhor, sons, distribuídas em três versos (5-7-5), sem rima nem título e com o termo-de-estação do ano (kigô).

II - O kigô é a palavra que representa uma das quatro estações, primavera, verão, outono e inverno; p. ex., IPÊ (flor de primavera), CALOR (fenômeno ambiental de verão), LIBÉLULA (inseto de outono) e FESTA JUNINA (evento de inverno).

III - Cada estação do ano tem o próprio caráter, do ponto de vista da sensibilidade do poeta; p. ex., Primavera (alegria), Verão (vivacidade), Outono (melancolia) e inverno (tranqüilidade).

IV - O Haikai é poema que expressa fielmente a sensibilidade do autor. Por isso,

::......respeitar a simplicidade;

::......evitar o "enfeite" de "termos poéticos";

::......captar um instante em seu núcleo de eternidade, ou melhor, um momento de transitoriedade;

::......evitar o raciocínio.

V - A métrica ideal do Haikai é a seguinte: 5 sílabas no primeiro verso, 7 no segundo e 5 no terceiro; mas não há exigência rigorosa, obedecida a regra de não ultrapassar 17 sílabas ao todo, e também não muito menos que isso. E a contagem das sílabas termina sempre na sílaba tônica da última palavra de cada verso.

VI - O Haikai é poemeto popular; por isso usa-se palavras quotidianas e de fácil compreensão.

VII - O dono do Haikai é o próprio autor; por isso, deve-se evitar imitação de qualquer forma, procurando sempre a verdade do espírito haicaísta, que exige consciência e realidade.

VIII - O haicaísta atento capta a instantaneidade, qual apertar o botão da câmera.

IX - O Haikai é considerado como uma espécie de diálogo entre autor e apreciador; por isso, não se deve explicar tudo por tudo. A emoção ou a sensação sentida pelo autor deve apenas sugerida, a fim de permitir ao leitor o re-acontecer dessa emoção, para que ele possa concluir, à sua maneira, o poema assim apresentado. Em outras palavras, o Haikai não deve ser um poema discursivo e acabado.

X - O Haikai é um produto de imaginação emanada da sensibilidade do haicaísta; por isso, deve-se evitar expressões de causalidade, sentimentalismo vazio ou pieguice.
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(Texto extraído do sítio CAQUI ON LINE)

Visite também:

OS OLHOS DO LAGO
Haikais de Alonso Alvarez

The Stuart Jackson Gallery
specializes in antique Japanese woodblock prints

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+ Nota da Mosca: O texto acima foi retirado do site da livraria artepaubrasil.




Pra controlar minha putidão do dia: Hai Kai.

segunda-feira, janeiro 28, 2002

Danelectro left the building... Adeus Cheetah!
Putaquepariu. Que calor!!!!!
Mas continuo com calor e sem saco pra bloggar.
Democracia de Cú é Rola - Parte 6

Gente, Milton Severiano lava mais branco. Portanto vira post.


A CLONE - por Mylton Severiano

O mais legítimo sentido do título da atual novela global de Glória Perez (O Clone) configurou-se dia 15 de janeiro de 2002 e capítulos seguintes. Os atores nos propiciaram momentos sublimes da história universal da empulhação.

A seqüência constituiu aquilo que os marketeiros chamam de merchandising: propaganda disfarçada. Nos intervalos, comerciais com Roseana. Na novela, os atores se esmerando em dizer quão maravilhoso é o Maranhão. Que céu, que natureza, que povo, que tudo. Nada se iguala.

Crianças brincando, lavadeiras sorridentes. Bumba-meu-boi. Só alegria! Tudo pago com dinheiro do povo maranhense, o mais pobre do Brasil conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Outro dia, encontrei colega do ramo da televisão. Vamos chamá-lo de Rei. A mídia ainda não falava em Roseana. Ainda não a haviam enfiado nas pesquisas "estimuladas". Mas entre os que trabalham com jornalismo e atividades afins já se especulava sobre qual mágica as elites aprontariam em 2002 para abater o velho freguês do PT. Alguém na roda lembrou Roseana:

"É mulher, é bonita, não é queimada..."

O Rei me chamou de lado e contou. Faz uns dois anos, ele esteve em São Luís com equipe de tv gravando Roseana, para programa do PFL. O diretor de cena sugeriu:

"Governadora, que tal sairmos do gabinete? É ambiente frio, artificial." Da janela do palácio, mostrou a multidão de maranhenses passando na rua: "A senhora podia ficar lá no meio do povo..."

Roseana cortou rente: "No meio do povo?"

Fez muxoxo de nojo, como quem diz "aquilo fede". E gravou no gabinete perfumado, no bembom do ar refrigerado. O diretor ficou de, mais tarde, esquentar a cena, providenciando o povo ao fundo, por meio de truque eletrônico. Povo virtual.

Assim que surgiu o "fenômeno Roseana", em milhões de cabeças brasileiras veio a comparação com o "fenômeno Collor" Alguns paralelos:
- ricos e bonitos
- filhos de oligarcas
- formados em Estados miseráveis onde as elites cevam a perpetuação do poder na miséria do povo
- família detentora do monopólio da comunicação regional, dominando principais jornais, rádios e tvs, principalmente as afiliadas estaduais da Rede Globo
- lançamento do "fenômeno" com apoio de profissionais da propaganda, tal como se vende qualquer "novo" produto - leniência, complacência, estímulo, cumplicidade e apoio da mídia gorda
- capa da Veja abrindo caminho (Collor: caçador de marajás; Roseana: o fenômeno)
- apoio da Rede Globo

O clã Sarney vem governando há quase 40 anos o Maranhão. Pense num país desgraçado. Suazilândia. Em quesitos como mortalidade infantil, analfabetismo e IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), estão parelhos Sarneylândia e Suazilândia. Pela gordura dos cachorros se conhece o dono. Conversei com dois colegas jornalistas maranhenses, o jovem Fábio Lopes e o veterano Chico Vianna, este também médico. Faz gosto sentir a indignação com que reagem à estratégia ora tentada para transformar a olicarcazinha em estadista. Alguns tópicos da conversa telefônica com os dois:

- O governo Roseana bancou a produção da seqüência da novela em terras maranhenses, deslocamento e hospedagem para 20 pessoas, fora imagens aéreas.
- Roseana, diz Fábio, não se sustenta num debate, "é despreparada". Incapaz por exemplo de se manifestar sobre a Alca.
- Em sete anos de governo, Roseana não construiu sequer uma sala de aula, não ampliou o sistema de saúde pública em sequer um leito; "a saúde está um caos", diz Chico.
- Imprensa, rádio e tv vivem em "promiscuidade" com o governo e as elites, esquema que vem sendo montado há anos: "Cercaram a moita", diz Chico, que garante: "Noventa por cento dos colegas que cobrem a Assembléia estão na folha."
- A "amizade" dos Sarney com a Globo segue o "é dando que se recebe", lembram-se? Dois exemplos:
1. A Secretaria da Educação diz que não é necessário construir escola, graças ao miraculoso ensino à distância. Ao custo de R$ 114 milhões, a Fundação Roberto Marinho implantou lá o tal ensino. "Se o IBGE fizer um estudo, dá todo o Maranhão com segundo grau. Mas cada fita tem 15 minutos, para aulas de uma hora, o resto do tempo o aluno fica flanando. Tem professor de História em sala de Matemática. É uma esculhambação", diz Chico. "E o Brasil não sabe." Chico fez as contas, superestimando custos, apurou no máximo R$ 58 milhões. Ou seja, lucro de R$ 56 milhões para o "doutor Roberto".
2. Dos R$ 10 milhões de verba para o Campeonato Sul-Americano de Vôlei, foram R$ 8 milhões para o evento. E R$ 2 milhões para divulgação Onde? Na Globo, que pertence à família da candidata a estadista.

Chico falou mais de meia hora ao telefone. Diz que, com mais tempo, tem muito mais a relatar. O caso dos aviões, das estradas... Tal como na ascensão de Collor, parece que a mídia gorda não está a fim de mostrar nada. Treze anos atrás, o "doutor Roberto" disse que apoiava Collor porque
era o mais "moderno". Agora começa a apoiar Roseana, a clone. Deve ser tão moderna quanto foi o Collor.

Puxa vida. Vão ser modernos assim no quinto dos infernos.

Mylton Severiano é jornalista.
Sem saco pra bloggar. Acho que é o calor. Que tá bem foda...
Democracia de Cú é Rola - Parte 5

Artigo do crítico de TV da Folha, publicado dia 20/01/2002. Tomara que a Roseana Sarna não resolva também saquear a poupança... Será que ela já cheirou pó? Cheirou, mas não chapou?

Vão dar um lençol no Brasil

EUGÊNIO BUCCI

A ESCANDALOSA campanha de Roseana Sarney na novela "O Clone" faz tremer os joelhos. Será ela o clone de Fernando Collor? O leitor se lembra bem, Collor foi eleito pela televisão, pela força de sua campanha em horário eleitoral e pelo protecionismo que a Globo lhe dedicou no noticiário. Isso já foi exaustivamente demonstrado e já não interessa (a não ser como história e como lição). Agora, Roseana põe os pés na alma da Globo e no altar do Brasil de uma vez só. Ela toma posse da novela. "O Clone" acaba de virar uma novela político-partidária. Uma novela pefelista. É inacreditável.
Oficialmente, só o que existe ali é um reles merchandising para promover o turismo no Maranhão. Para além das oficialidades, existe muito mais. Aquilo inaugura um gênero, a novela-palanque. Os lençóis do Maranhão se convertem em panfleto, em santinho de boca-de-urna. Que cenas inebriantes. Uma criança no barco se farta de frutas frescas. Suco de bacuri. O convento, o teatro restaurado. O paraíso é lá. E quando a novela cessa, vêm os intervalos comerciais e a propaganda do PFL. Aí, é a própria, é Roseana quem me alerta: cuidado com os maus políticos ou o Brasil vai acabar como a Argentina, cuidado com o inferno. Ai, que medo. Não há como resistir. Eu quero votar na Roseana! Eu quero me perder naqueles lençóis! Quero tirar fotografia dos molequinhos frugívoros! Estou cercado, confinado, fisgado. Roseana Sarney pra lá, Roseana Sarney pra cá. Do alto dessa novela, que não é qualquer novela, mas uma audiência continental, Roseana, onipotente e provedora, dá ao telespectador de olhos crédulos e sedentos o gozo contemplativo dos lençóis. Debaixo do intervalo comercial, o seu marketing dá um lençol no país inteiro. Ela se instala no coração do Brasil, um pobre coração que pulsa no ritmo e na rima do novelão das oito.
A campanha presidencial começou de fato no campo da ficção. Começou antes que a lei a descobrisse ali, antes que as normas que regulam a propaganda política imaginassem a existência dessa nova modalidade de proselitismo partidário. É uma campanha brilhante, porque é uma campanha que não é campanha. E assusta. Pode indicar uma adesão da Globo, ainda não declarada, à causa de Roseana. Dificilmente aquilo tudo é mero acerto comercial. Aquilo tem cara de opção política. Se for, está em preparação um clone de Fernando Collor. Quem não enxergar, vai levar lençol.

Dia 2 de janeiro, na seção "Tendências e Debates" desta Folha, um consultor do SBT, Luiz Eduardo Borgerth, procurou responder a uma crítica que eu fiz à emissora para a qual trabalha. Eu havia escrito que não estava claro, para a opinião pública, se a exibição de um programa como "Casa dos Artistas", claramente copiado do formato "Big Brother" sem pagamento de direitos autorais, não caracterizou uma forma de pirataria. De modo bem-humorado, Borgerth disse que eu deveria estar cochilando ou mesmo em sono profundo e que o termo pirataria não se aplica ao episódio, uma vez que a Justiça brasileira autorizou a exibição, o que é fato. Antes de tudo, registro que recebo muito bem a resposta do SBT. É saudável, elogiável e muito raro que uma emissora aceite dialogar com a crítica. A opinião pública sai ganhando. Deixo claro, também, que jamais questionei decisões da Justiça sobre o assunto. A dúvida que eu levantei, porém, continua no ar. Borgerth não a respondeu. Se o SBT tem a serena clareza de que nenhum direito autoral seria devido, por que tentou negociar antes com a Endemol, que é dona do formato "Big Brother"? A opção por exibir o programa, sem pagar por isso, foi uma questão de preço ou uma questão de princípios?


Angeli é Foda!





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