sexta-feira, dezembro 14, 2001
Governo de SP recria DOPS e monitora ativistas
Depois que o DOPS foi desativado pelo governador Franco Montoro, em 1983, a Polícia de São Paulo ficou sem uma agência de inteligência. Apenas no ano de 2000, na gestão Mário Covas, o governo do estado conseguiu recriar o DOPS sem comprar o peso político dessa iniciativa. Disfarçado de grupo de investigação de "crimes de intolerância", o novo DOPS, chama-se GRADI, Grupo de Repressão e Análise dos Delitos de Intolerância e já está investigando e monitorando o movimento "anti-globalização".
[ Leia matéria exclusiva do CMI ]
quinta-feira, dezembro 13, 2001
Site muito bacana o Roberlan. É amigo de amigo meu, então deve ser bacana o cara. Vá logo à seção de links dele. É uma das melhores que já vi.
quarta-feira, dezembro 12, 2001
And You Will Know Us By The Trail of Dead
30/11/2001 - Sesc Belenzinho - São Paulo
Gana e talento. Essas são as palavras para definir o som do And You Will Know Us By The Trail of Dead. O segundo show (eles já haviam tocado ali na noite anterior) começou com pontualidade como sempre ocorre no Sesc-SP. Foram entrando no palco com elegância - bem vestidos, todos com camisas de botão e seus cabelos pretíssimos neo-Beatles - Kevin Allen (guitarra), Neil Brush (baixo e samplers), Conrad Kelly e Jason Reece (ambos vocalistas, guitarristas e bateristas). Não foi possível perceber a tênue linha que separava a última checagem da afinação dos instrumentos com a música que começava. Era Totally Natural, do disco Madonna, cujo repertório dominaria o set do quarteto. A coisa esquentou quando veio o riff de Mistakes And Regrets, um para-hit hipnótico e destrutivo, já que não estamos falando de uma banda de sucesso em nossas terras. Hipnotismo e destruição parece ser o verdadeiro negócio desses caras. Esse é o resultado de sua música, um misto de viagens à Sonic Youth com guitarras punk, mas absolutamente sem uma regra clara, sem uma determinação de que a composição tem que parecer isso ou aquilo. Trail of Dead tem personalidade.
Eles vieram então com a mais acelerada Mark David Chapman (é, o cara que matou Lennon) e emendaram com Gargoyle Waiting. O público começou a esquentar, mais todo mundo ainda muito morno. O som do Sesc, baixo e ruim, molhava o pavio e bomba não estourava, apesar do palco estar em chamas. A banda, entretanto, não parecia perceber isso. Estavam viajando no que faziam. O prazer de tocar era visível na cara dos quatro. Impassível, apenas agitando levemente o corpo, Allen mandava seus riffs, empunhando a guitarra que sustentava a banda, muito próximo do amp, caçando feedeback melodiosos. Quase não se mexia. Brush mandava o baixo hipnótico. Às vezes interferia com um backing vocal. Sua camisa vermelha em breve estaria completamente molhada de suor. Ambos são a ala transe do grupo.
Vieram Richter Scale Madness e Fake, Fake Eyes do primeiro disco epônimo, Homage do maxi-single Relative Ways, Baudelaire (que eu suponho ser som novo), Ounce of Prevention, também do primeiro disco. No palco, o maior efeito vinha da ala destruição fica mais por conta de Reece e Kelly. Era ótimo vê-los se alternando entre a bateria, as guitarras e vocais. Ambos são destruidores de bateria. Socavam a econômica bateria de bumbo, caixa, surdo, tom, e dois pratos. O ânimo e maneirismos de ambos lembrava Keith Moon. Quando cantavam, ambos agitavam cabeças, troncos, pernas e braços como se estivessem numa pista de dança. Gritos, sussuros, provocações e declarações de amor à platéia. Eles desciam do palco, cantavam em meio público. Dava pra ver o tesão que os caras têm por aquilo que fazem.
Kelly tirou um dos pratos, com pedestal, da baterial e levou umas baquetas para o povão socá-las ao ritmo da música. Era um indício do que viria no final. Tocaram Aged Dolls e A Perfect Teenhood e saíram rapidamente. Voltaram pro bis e mandaram uma versão punkaça de Eletric Co. do U2, que ficou com cara de Buzzcocks. Como a notícia da morte de George Harrison havia vindo à público mais efetivamente só naquele dia, aproveitaram e prestaram uma fascinante homenagem: não era uma música de Harrison, mas era Helter Skelter, dos Beatles. É isso mesmo. Haviam acabado de passar a música nos camarins antes do shows. Literalmente destruíram. Não sobrou uma peça da bateria em pé, o resto dos instrumentos estava espalhado pelo chão. Pensei que veria alguma guitarra ser destroçada, mas não rolou (pusta sadismo!). Findo o espetáculo, num exemplo de antiestrelismo os caras foram pro bar, beber e trocar idéia com a galera que os assistia. Bem feito pra quem não foi só porque a banda é nova e ainda meio desconhecida no Brasil. Perdeu uma oportunidade rara de ver, não apenas uma banda contemporânea no auge de seu desempenho, mas uma das mais importantes da nova safra, que já marcaram o rock da virada do século. :P
Por Vini Gorgulho
Já está operando, no Rio de Janeiro, o provedor RedeLivre, mais um a adotar um número 0800 para a conexão, livrando os usuários dos pulsos telefônicos. E com um diferencial: é um provedor pré-pago.
Demorô!
terça-feira, dezembro 11, 2001
You say you want a Revolution
|
Cuba faz tributo a John Lennon e o elege "camarada''
HAVANA (Reuters) - Cuba sediou no final de semana uma homenagem ao ex-Beatle John Lennon, agora considerado um "camarada revolucionário", apesar de anteriormente ter sido descrito pela ilha comunista como uma influência ocidental decadente nos anos 1960 e 1970. Leio o resto aqui.
segunda-feira, dezembro 10, 2001
Que jóia! Se eu fosse uma obra de arte (o que definitivamente eu não sou, exceto pelo fato de ser humano) eu seria O Grito de Edvard Munch. Fiz o teste, qual obra de arte eu seria. Na "análise" desse interessante website "eu expresso os problemas subconcientes e as ansiedades do mundo. Eu seguro minha cabeça e solto o terror primal de meus mais secretos medos, cercado por uma assustadora paisagem que reflete meu débil apego à realidade". Será? Bobagem. Acho que não bem assim, mas o quadro combina comigo sim, eu adoro O Grito. E adoro gritar (para tanto montei uma banda de garage rock, hehe. Que obra de arte você seria? The Art Test |