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sábado, janeiro 12, 2002

Demorou

Os ricos terão caros maravilhosos em breve. Nós reles criaturas vivas ainda pastaremos muito. Por outro lado, passamos um século inteiro destruindo essa bola azul com dióxido de carbono evacuado por nossos automóveis (que por sinal são vendidos como símbolo de status e masculinidade, hahaha). Agora, com um puta atraso provocado pela indústria petrolífera, parece que veremos uma luz no fim do túnel. Mas não acreditem nesse papo furado de que agora isso virou política do Bush. Esse white trash calhorda do Texas foi "eleito" com o patrocínio da indústria do petróleo de sua terra natal.

Veja o que saiu no UOL Inovação (nome ruim, hein?).

GM lança carro alimentado por célula de combustível

Danny Hakim
The New York Times




Autonomy tem o motor encaixado no piso
e não precisa de gasolina

O carro do futuro, segundo a General Motors, terá seu motor encaixado no piso e não precisará de gasolina. Ele também terá uma carroceria e interior que poderão ser substituídos de acordo com a mudança do gosto, terá componentes conectados eletronicamente ao invés de partes mecânicas, e uma fonte de energia que poderá alimentar sua casa da entrada da garagem.

Um modelo do carro está em exibição no Salão Internacional do Automóvel, em Detroit.

Este veículo conceitual, chamado de Autonomy, possui poucas partes móveis além das rodas, e faz parte da contínua pesquisa da GM de carros alimentados por células de combustível, uma fonte que promete emitir apenas água e calor utilizando hidrogênio ao invés de gasolina.

A maioria das montadoras, incluindo a GM, estão dando uma maior ênfase a formas de adequar células de combustível aos carros convencionais e caminhões. Uma picape experimental exibida pela GM em agosto possuía uma célula de combustível que ocupava pouco mais de um terço de sua base. Mas adaptá-la aos carros será caro.

"Eu acho que até o final da década nós veremos centenas de milhares de células de combustível nas ruas", disse Lawrence D. Burns, o vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento da GM. Seja qual for o prazo, a ênfase é compartilhada pelo governo Bush, que escolheu a feira de automóveis como uma ocasião para oferecer um plano de economia de combustíveis voltado para o desenvolvimento dassas células.

Além de seu esforço para colocar células de combustível em carros convencionais, caminhões e ônibus, a GM nomeou uma equipe separada de engenheiros e projetistas para desenvolver um veículo sem as limitações do automóvel, que por um século vem sendo projetado ao redor de um motor de combustão interna e partes mecânicas.

O resultado é um veículo que vem em duas partes. A primeira é o que os engenheiros da GM chamam de "skateboard", uma plataforma de 15 centímetros de espessura onde fica encaixado o motor e o sistema de computador do carro. O corpo, incluindo os assentos e o interior, será encaixado na plataforma, com o freio, direção e acelerador controlados digitalmente por impulsos elétricos.

Em uma recente demonstração, os engenheiros da GM mostraram um modelo do skateboard, que tinha cerca de 4,5 metros de comprimento e a forma de uma garrafa achatada, com pneus Goodyear e várias saídas finas de calor, paralelas, em forma de canaletas curvadas de cada lado. A segunda parte, o corpo, parecia uma versão de ficção científica de um carro de Fórmula Um.





A GM prevê que o skateboard dure cerca de 20 anos, com o corpo sendo substituído mais freqüentemente por uma versão personalizada de acordo com o gosto do proprietário. "Isto é como uma tela em branco, e você pode pintar o que desejar no topo", disse Adrian Chernoff, um dos projetistas, acrescentando que o corpo poderá ser substituído "no mesmo tempo que leva para trocar o óleo".

Burns disse que a GM espera produzir um protótipo de trabalho do Autonomy até o final do ano, mas com um skateboard de 28 centímetros de espessura, onde possam caber tanques de hidrogênio grandes o bastante para uma viagem de 150 à 250 quilômetros. Tal veículo modificaria drasticamente a fabricação de automóveis, levantando dúvidas sobre quem produziria a parte inferior e quem produziria a parte superior. Há anos as montadoras está cedendo cada vez mais o acabamento aos fornecedores.

É claro que carros conceituais freqüentemente lembram a visão do futuro de uma determinada época do que o futuro de fato. Os Firebirds conceituais dos anos 50 prestavam homenagem à crescente indústria da aviação, com motores turbinados e planos de deriva que faziam os carros parecerem feitos com sobras de jatos. Outros conceitos apresentavam engenhocas legais que nunca entraram em produção, com a câmera retrovisora montada na traseira da visão de 1956 do Buick Centurion.

Quanto à célula de combustível, as principais montadoras a consideram uma resposta a muitos problemas que fazem com que a indústria entre em choque com grupos ambientais. Na forma ideal, as células de combustível substituirão a gasolina por hidrogênio e emitirão apenas água e calor. As células retiram elétrons dos átomos de hidrogênio e os utilizam como corrente elétrica, e então reformam os átomos de hidrogênio, os combinando com oxigênio para formar vapor de água. A tecnologia poderia também ser útil para fornecer energia para lares e indústrias tanto quanto para a alimentação de veículos.

Mas até o momento a célula de combustível tem servido apenas como um argumento contra as pressões regulatórias para avanços de curto prazo na economia de combustível. Em uma audiência do comitê de comércio do Senado em dezembro, o vice-presidente de desenvolvimento de produto da GM, Thomas J. Davis, citou a pesquisa da célula de combustível como um motivo para que os atuais níveis de economia de combustível não sejam aumentados.

Os níveis não são mudados significativamente há mais de uma década, e os ganhos com a economia de combustível foram revertidos nos últimos anos à medida que as vendas de utilitários-esportivos superaram as vendas de carros. Para tratar da questão, o governo Clinton enfatizou o desenvolvimento de veículos a gasolina com maior autonomia, uma meta na qual as três grandes montadoras tem gasto cerca de US$ 1 bilhão por ano.

"Nós preferimos pegar estes dólares e adotar mais rapidamente soluções como a célula de combustível", disse Burns da GM em uma entrevista. Essencialmente, esta é a visão que o governo Bush abraçou agora.

Tradução: George El Khouri Andolfato

Força Zel!
Zen Zel!

sexta-feira, janeiro 11, 2002

Imperdível!
Fãs de games! Fãs dos Rolling Stones! Junkies! Caralho! Genial (se é que você me entende, hahahahahaha)! ;-)

Joguem

Keith Needs Drugs






Pulp Junkie







Chupada da Apple no design do novo iMac?

A Wired News conta (em inglês) a história de um designer belga que enviou ano passado rascunhos do "iMac dos seus sonhos" para um site de fanáticos por Mac. Qual não foi a surpresa do designer Vincent Jeunejean ao ver que o novo iMac era extremamente parecido com o seu conceito?


Seja lá quem foi, o cara é fudido!
A matéria é do Idearo e a dica foi do Alfarrábio.



É claro Hernani! Se os Blogs Pais são o Alfarrábio e o Tipuri, você é o Blog Vô.
A cor do Universo é verde-piscina

quinta-feira, janeiro 10, 2002





A Emília Superpoderosa tratou de me por em contato com seu chapa eletrônico Danelectro666. O cara é gente boa, escreve bem, tem um blog legal e um excelente gosto musical. Danelectro666 você é do meu planeta meu chapa! Né mes'? E aqui vai pra você uma matéria minha publicada em meados de 2000, da minha coluna Amp!, tão finada quanto o site que a publicava o Aqui, que era a revista semanal de variedades do Cadê.

Amp!

The Mummies: garage rock primitivo em Real Audio

Quero falar de uma banda morta e de rock’n’roll vivo e cru. Nos anos 60 os EUA foram colonizados pela Inglaterra. É, a invasão britânica (Beatles, Rolling Stones, Who, Kinks...) gerou o que pode ser chamado de punk rock dos anos 60 - isso na primeira metade da década! Influenciados pelos ingleses, os jovens começaram a montar bandas de rock nas garagens de suas casas com instrumentos vagabundos e pouca qualidade técnica. O garage rock de bandas como the Sonics, the Seeds e the Troggs culminou no final daquele decênio em the Doors, Stooges e MC5 e pode ser considerado o avô do punk rock. O rock’n’roll primitivo nunca parou e ganhou folêgo com o punk nos anos 70. A partir dos 80, tornou-se um estilo povoado de excelentes grupos e artistas entre os quais se destaca o inglês Billy Childish, líder dos ótimos thee Milkshakes e thee Headcoats, entre outros projetos.

Nos anos 90, um dos mais importantes e obscuros representantes do garage rock foi uma banda maluca de São Francisco, California (EUA), chamada the Mummies. Em 89, se reuniram Trent Ruane (orgão), Russel Quan (batera), Maz Kattuah (baixo) e Larry (guitarra). Eles tocavam com instrumentos de segunda mão e faziam o rock’n’roll básico com riffs à anos 60 mais tosco e enérgico já visto, com muito de punk rock. Tocavam alto, rápido e lo-fi (baixa fidelidade) pacas. Os caras excursionavam em uma ambulância dos anos 50 e tocavam sempre enrolados em faixas... pois é, vestidos de múmias.

Eram quase uma banda manifesto. Só lançavam discos de vinil (com nomes do tipo “Fuck the CDs”) e, reza a lenda, fizeram um pacto: quando uma grande gravadora os convidasse para gravarem CDs, acabariam com o grupo. Assim, no primeiro convite em 92, eles voltaram para o sarcófago e viraram lendas. Hoje integram boas bandas de garage punk e surf music como Untamed Youth, the Phantom Surfers, Maybellines e Count Backwards.

A produção do Mummies é quase uma raridade. É possível comprar três de seus discos na Estrus Records. Na Web, são difíceis de achar. Em inglês há uma homepage com sua discografia completa e outro site porcão, o “The Kings of Budget Rock”, que oferece simplesmente mais de vinte pérolas sujas em Real Audio, muitas delas ao vivo. Para quem quiser experimentar, recomendo a faixa Test Drive (nome bem apropriado). Uma vez consegui baixar outras músicas no Napster, mas é uma agulha num palheiro imenso. Existe também um site de fãs do Japão, mas só para quem entende o idioma.

Para os que querem saber mais sobre garage rock indico uma visita a homepage The Garage – A Selection of Garage Rock Resource. Lá é possível encontrar links para páginas sobre tudo do estilo: das bandas atuais e antigas, a gravadoras, e-zines, e-rádios... Esse Amp! foi dedicado ao Mummies simplesmente porque garage rock é algo obscuro por natureza e porque, para os amantes do bom e velho rock’n’roll, essa banda é uma tosqueira imperdível.

Vinícius Gorgulho é jornalista, diletantista e primitivo. Bandas de garage brasileiras, dêem as caras no Amp! “Louie, Louie...oh babe...me gotta go!”








Antes que eu me esqueça Marceleza, acho que isso que rolou foi coisa de hacker mesmo, fazendo lição de casa em peixe pequeno - e ainda por cima um peixe bacana - almejando ser cracker um dia. Cracker não faz isso. Cracker gosta de trampo mais pesado. Que conste.
Putaquepariu! Até que enfim. Valeu, Emília Superpoderosa, Felipe, Renatinho e Zel (força aí, menina!). De alguma forma vocês me ajudaram a consertar a barberagem que eu fiz nesse código fonte.

quarta-feira, janeiro 09, 2002

Angeli é Foda! Esse é o retrato da nossa geração (é claro que estou me referindo às criaturas do meu planeta natal que estão entre os 30 e 40 anos terrestres). :)




As Roqueiras Gordinhas Trepam Melhor (Parte II)

Eis uma cena doméstica do ninho-braseiro de Vini Iguana e Emília Superpoderosa.




As Roqueiras Gordinhas Trepam Melhor

Se Tem Um Cara que Sabe das Coisas esse é o Robert Crumb. Né, Emília Superpoderosa?




Nem Máscaras, Nem Tripas Expostas

Bem, aqui eu nem escondo, nem abro as tripas. No meu planeta todas as moscas são transparentes. Coisas reprimidas?! Tenho não, pelo menos não tenho aquelas que fazem a gente começar a padecer na alma. Só bobagens - como um toca-discos que eu arrebentei na festa de aniversário da filha da minha madrinha, quando eu tinha uns 6 anos de idade, e ninguém ficou sabendo. Nunca me perdoei por isso. Afinal podia ter arrebentado a televisão, mas fui sofrer um singelo acidente justo com um dos meus instrumentos de prazer (aparelhos de som).
Posso dizer que não uso e não gosto de drogas pesadas, com cocaína e televisão, mas gosto de quase todas as leves.:) Outra coisa que sei é que as roqueiras realmente trepam melhor. Trepam melhor ainda se forem roqueiras gordinhas. Nisso eu dei sorte na vida. :P Quem gosta de osso é cachorro!
Além disso, acho que meu grande pecado é ser jornalista. Mas já dei conta disso e hoje meu trabalho é um pouco maior que esse nome e essa indústria morta de notícias. Sempre fui muito eu mesmo. Só que, antigamente, isso me fazia chamar meu salário de "hilário". Hoje já não chamo mais de hilário, mas continuo assalariado, pacienza. O bom é que eu ganho pra ser eu mesmo. Graças a Deus e a muito ralo (é sim, senhor).

(Este é post digestivo, não dá pra voltar do almoço logo de cara trabalhando, né!)

terça-feira, janeiro 08, 2002

Hanna-Barbera!

Meu Deus! Este site é imperdível! Sons, imagens, tudo! Só clássicos!
Novo iMac na Praça

O mundo é feito por pessoas de carne e osso e não por clientes e números de cartão de crédito. Odeio o consumismo como modo de vida. Mas penso diferente dos nossos tetraavôs comunassauros 68 que não tomavam coca-cola por ser "uma arma ideológica do imperialismo" (tudo bem coca-cola é puro lixo, mas essa é outra história). Adoro design - quem vê esse layout de merda pode achar que estou mentindo, mas aceito um novo de presente - e não há como negar, o bosta do Steve Jobs tem os melhores desenhistas industriais da terra. Olha que foda o novo iMac.








Blog Pai, Blog Filho

"Ei Plog, beu querito filinho" (com a voz do Bibo Pai, daquele velho desenho da Hanna-Barbera. Lembra?). É o seguinte: os pioneiros Tipuri e Alfarrábio na mistura de suas matérias orgânico-sinápticas proporcionaram um ambiente propício para o surgimento de ansiedade, zumbidos e insetos. A produção de posts de ambos inspirou o surgimento de uma pupa de mosca, a Mosca Garageira, que começou como meus pitacos inseridos pelo Bica no Alfarrábio. Portanto, eles são os Blogs Pais. Resolvida a história.

Ah! Ouça aqui o bordão do Blog Pai. :)

Ei Gata Bandida,
Obrigado pelos elogios. Parabéns, você é a primeira alma estranha a se comunicar com a Mosca. Me estimulou a adotar um guestibuqui (estou providenciando). O que mais gostei foi você dizer: "na verdade gosto de todos da sua turma. Acho gente legal... gente autêntica...". É verdade. Por isso que gosto tanto desse povo. Tive a sorte de encontrar, no meio de tanta tralha, gente brilhante nessa vida.

É a linkania tipuriana pegando.

Porquê mosca? Porque "eu sou a mosca que chegou pra lhe abusar".
Porque mosca garageira? Por causa do garage rock, das moscas varejeiras e suas maravilhosas pinturas metálicas e por conta do lindo cacófato.

segunda-feira, janeiro 07, 2002

Amor, Histeria, Cerveja e Barulho

Sábado foi melhor que LSD. Estava nas nuvens com Emília Superpoderosa. Extase, paz, amor e compreensão. De noite assistimos o ultra hilário Snatch, com um Brad Pitt impagável (o saco é aguentar a mulherada babar caixas d´água pro cabra e ignorar quase completamente que além de barriga de tanquinho o filhodaputa tem talento). Emília foi dormir e eu, sem sono, resolvi assistir o crássico Metrópolis, inédito pra mim. Gostei. Bastante.
O domingo de volta da viagem romântica do sábado: o amor é mesmo uma droga. Foi o inferno logo cedo. Depois da euforia sempre vem a deprê! E que deprê. Malditos hormônios, maldita máquina de lavar, maldito antianciolítico. Maldição - odeio ataques histéricos, justamente porque minha resistência é baixa -, acho que uns dois minutos de choro e gritaria é meu anti-espinafre. Viro um monstrengo. Ela, sabiamente, picou a mula, foi por aí, encontrar nossos bons anjos da guarda de carne e osso, Kika e Tipuristravis.
Eu por minha vez tinha uma caixa de cerveja, um violão, uns 200s CDs e a casa só pra mim. Apesar de ter começado a tarde podando umas mudas de ervas que ganhei da Emília (a primeira vez na vida que cuidei de uma planta - e gostei), bem tenho 29 anos de idade e como todo homem adoro deixar cair. O moleque toma conta e eu fico feliz. Porque, eu devo admitir, se tem algo que me recupleta mesmo é um bom barulho, de preferência da árvore genealógica do punk rock.
Fiquei fazendo bagunça, vendo antigos poemas, mexendo em papelada velha e espalhando ácaro por tudo quanto é canto, tocando (arranhando a viola) The Mummies, Beatles, The Who, Velvet Underground, Strokes, ReBeats (a minha honorável banda), Outsiders e outras coisas aí. Já tinha tomado 12 latas, fui comprar mais umas quatro pra arrematar, presunto e queijo e cigarro. Voltei ranguei. Depois me enchi e liguei o som. Enquanto mastigava a vida amarga fui ouvir Atari Teenage Riot, Proppelerheads, Brian Setzer 68´s Comeback Special, Back From The Grave Vol. 1, Jets To Brazil, Fugazi, The Saints e sei lá mais o quê. Isso é que é nirvana: esvasie a mente e a preencha com acordes distorcidos, batidas pungentes e linhas de baixo alucinadas.
Mas me enchi de novo e coloquei no vídeo um filme fudidão e triste como as vidas predestinadas são: Boys Don´t Cry. Ainda estavam passando os trailers quando minha querida solidão deu espaço para minha amiga e companheira de apartamento, Cátia Keiko. Assistimos juntos o filme. Lá pro final chegou Emília Superpoderosa, com a cabeça alguns quilos mais leve. Terminamos a noite desabafando os demônios, chorando e fazendo as pazes ao som de Nina Simone. Noite de sono tranquilo, apesar da rinite de ambos.

Hoje de manhã fiz um nescau pra ela e pra mim. E puz Marvin Gaye pra rolar.

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